sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Auto-avaliação

Originalidade do Nome:

No que diz respeito à originalidade do nome escolhido para o blog do grupo, optámos por transcrever um dos parágrafos que se encontra presente no primeiro post do blog.

“Muitos interrogar-se-ão o motivo pelo qual optámos por este nome, pelo que passaremos a explicar de forma sucinta. Antes mesmo de chegarmos a um nome que nos identificasse, decidimos optar por um título grafado em Inglês por considerarmos bastante mais funcional neste mundo em que estamos todos à distância de um clique. Freestyle é acima de tudo aquilo que mais caracteriza a sociedade contemporânea, na qual nós nos inserimos. No fundo, todos nós andamos em busca de algo que nos diferencie dos restantes, de forma, a que sejamos reconhecidos. Analogamente, queremos demonstrar que o nosso grupo tem algo de novo para oferecer demarcando-nos dos já existentes. Ligado ao nome, encontra-se um número – 007 – cuja sua escolha tem duplo significado. Por um lado remete-nos para o presente ano (2007), e por outro lado simboliza o tão conhecido Agente Secreto Inglês – James Bond (007). Esta escolha não foi de todo inocente, a figura de James Bond está associada a um estilo de vida bem diferente e livre, mas também nos transmite a ideia de que tudo pode ser solucionado com êxito e eficiência”.

Originalidade de Temas:


O nosso Blog é composto por um número variado de posts (10), que se subdividem entre obrigatórios (7) e facultativos (3).
Os posts obrigatórios foram realizados com base em temas propostos em aula, onde expressámos os nossos pontos de vista e pontos de vista de outros autores.Em relação aos posts facultativos foram incluídos os seguintes títulos: “Second Life para lá da realidade”, “O maior Evento Multimédia de Sempre” e “Leila Navarro – O Furacão Brasileiro arrasa Católica”. Relativamente ao primeiro post, “Second Life para lá da realidade”, serviu para nos elucidar sobre aquilo em que consiste este novo mundo virtual – funcionamento, organização, etc. O segundo post, “O maior Evento Multimédia de Sempre”, tem por base a notícia do diário gratuito “Metro” e refere o seu envolvimento num projecto internacional multimédia, cujo principal objectivo é chamar a atenção para a democracia. Por fim,“Leila Navarro – O Furacão Brasileiro arrasa Católica”, que tem como principal objectivo descrever a conferência que assistimos apresentada pela divertida Leila Navarro que abordou diversos assuntos de interesse para a nossa vida académica e profissional.

Rigor Científico:

Quanto ao rigor científico, tentámos pesquisar autores que defendessem ou contrariassem os temas abordados. Tivemos em conta a bibliografia recomendada e as recomendações feitas em aula pela docente da disciplina. Recorremos a sites credíveis, para sermos o mais rigorosos possível.

Visibilidade e Divulgação:

No que concerne a visibilidade e divulgação do blog, tentámos que tivesse um aspecto atractivo e credível. Estruturamos o blog com texto e imagens para que suscitasse curiosidade. Contudo, as temáticas abordadas são demasiado técnicas e o utilizador comum não tem paciência para se debruçar sobre estas. Contrariamente ao que aconteceu com a comunidade criada, o objectivo primordial do blog não era a interactividade, por isso não houve uma preocupação tão grande em divulgá-lo. Mesmo assim, conseguimos reunir alguns comentários.

Capacidade de Reflexão e Análise:

Quando nos foram propostos para discussão e reflexão os variados temas, procurámos sempre adaptá-los ao nosso quotidiano, e tentámos encontrar uma base científica que os suportasse (bibliografia recomendada e pesquisa autónoma). Concluímos sempre os nossos posts com a nossa opinião, como forma de cunho pessoal.

Valor acrescentado para o conhecimento das matérias relacionadas com o mundo digital:


Vamos começar por fazer uma abordagem daquilo que foi a nossa experiência relativamente ao blog. Consideramo-la bastante positiva, embora não tenho sido novidade, dado que, já tínhamos trabalhado com um blog na disciplina de Edição Multimédia. Concluímos que é uma óptima ferramenta de trabalho, que permite alguma interacção entre o docente e os discentes. Permite ao docente aceder e estar sempre informado do desenvolvimento do trabalho dos discentes, a qualquer momento, dado que este suporte digital se encontra online.

Relativamente à nossa experiência com a comunidade, foi algo completamente novo e inovador. Tirámos muito partido desta experiência interactiva, e estamos convictos que nos será muito útil saber manusear estas novas ferramentas de trabalho na nossa futura vida profissional. Durante as aulas houve um grande empenho da nossa parte em manter a comunidade dinâmica e interactiva, achamos que os objectivos foram claramente alcançados com sucesso.

Outra questão também muito interessante, e sobre a qual nunca antes tínhamos pensado, diz respeito ao Interface Web. É de extrema importância termos uma noção bastante clara daquilo que o utilizador mais aprecia quando se conecta com um Interface Web. Por esse motivo, seleccionámos este ponto da matéria, como um dos pontos mais relevantes na nossa aprendizagem durante as aulas da disciplina de Comunicação Digital. Futuramente, temos de nos preocupar em passar a mensagem correcta da forma mais eficaz, e considerámos que as técnicas aprendidas nos serão de extrema utilidade para esse fim.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Visões negativas acerca do PowerPoint

Com base na leitura de dois textos facultados em aula: “PowerPoint is Evil” da autoria de Edward Tufte e “PowerPoint Makes You Dumb” da autoria de Clive Thompson, iremos salientar os principais aspectos que levam ambos a questionar a utilização e as características deste software lançado pelo Microsoft em 1984.

"PowerPoint is Evil" by Edward Tufte

Inicialmente começaremos por abordar a visão de Edward Tufte, que começa o seu texto metaforicamente comparando o PowerPoint aos efeitos secundários provocados pelos medicamentos. Ou seja, alguns indivíduos tornam-se demasiado dependentes do consumo de determinados medicamentos, tal como acontece com a dependência existente à utilização do PowerPoint. Com isto quer dizer que o uso excessivo, ou a dependência em relação a algo pode ser maléfico para os indivíduos.


Tufte faz ainda referência à forma como as apresentações em PowerPoint estão a ser banalizadas, e menciona que o formato (layout) da apresentação se sobrepõe ao seu conteúdo “ The standard PowerPoint presentation elevates format over content…”. Espelha ainda que anterior à aparição do PowerPoint, existiam retroprojectores que projectavam um conjunto de itens considerados importantes pelo orador, que servia de fio condutor durante uma apresentação oral. Hoje em dia porém, as apresentações em PowerPoint são utilizadas para tentar captar ao máximo a atenção da audiência, de forma a glorificar o orador, não por aquilo que este diz, mas por aquilo que a apresentação em PowerPoint mostra.


Tufte exibe ainda uma forte crítica à forma como o PowerPoint tem vindo a ser adoptado nas escolas. Acha que as crianças, ao invés de passarem 15 minutos de leitura silenciosa em frente a um monitor (a ler um reduzido número de palavras e a observarem imagens, sem muitas vezes entenderem as metáforas que estas traduzem), deveriam despender esse tempo a construir frases e a escrever composições.

Para finalizar a análise ao texto de Edward Tufte, iremos abordar o impacto que o uso do PowerPoint teve no contexto empresarial. O autor narra que cada diapositivo contém em média 40 palavras, o que em termos de informação é muito pouco. Ora, para abordar um assunto de forma perceptível será necessária a utilização de vários diapositivos, o que de certo modo irá causar enfadamento à audiência. Defende ainda que para se abordar um tema perante uma audiência e que para esta o entenda, é necessário explora-lo minuciosamente. Sendo a utilização do PowerPoint incompatível com a análise pormenorizada de determinado assunto. Tufte faz uma análise comparativa de dois exemplos de mostragem estatística: uma tabela com conteúdos estatísticos e gráficos construídos em PowerPoint. Indicia um enorme apreço pela utilização de tabelas, pois considera que são mais organizadas, e de fácil leitura e interpretação. Quanto aos gráficos construídos e apresentados em PowerPoint considera-os confusos (cores que facilmente se confundem, com legendas em código, formas estranhas de gráficos…). Conclui dizendo que o PowerPoint é um meio bastante competente para projectar as ideias fulcrais de um tema. Contudo, têm-se tornado no centro das atenções, ao invés de servir apenas de complemento à apresentação. Esta má utilização deste software denota uma grande falha por parte do orador, uma falta de respeito pela audiência que tem à sua frente.

"PowerPoint Makes You Dumb" by Clive Thompson

Este autor partilha da mesma óptica da Edward Tufte, considerando também ele que o PowerPoint enquanto ferramenta de trabalho, quando mal utilizado pode ter consequências catastróficas. A exemplo disso podemos destacar o acidente do vaivém Columbia em 2003, que segundo o relatório oficial terá ocorrido devido quer a falhas de componentes mecânicas, mas também “inacreditavelmente”, devido a erros de leitura de apresentações feitas em PowerPoint por parte dos engenheiros. Ao recorrem a este tipo de apresentações (com dados demasiadamente sintetizados) minimizaram a real dimensão dos danos, pondo em risco a vida da tripulação e da nave.
Em contraponto, Simon Marks, director de projecto para PowerPoint, salienta o vício de Tufte pela “information density”, motivo que o leva a questionar a utilização deste software. Este afirma que é apenas uma questão de escolha, o PowerPoint pode efectivamente ser utilizado para realizar uma apresentação “pesada” e cheia de conteúdo, mas este questiona se de facto as pessoas souberem de antemão como será realizada a apresentação, estas continuariam a querer assistir na mesma. A resposta de Simon Marks para tal pergunta é “They wouldn’t want it”.
Em tema de conclusão, Clive Thompson, refere que pelo menos nos E.U.A as apresentações em PowerPoint, continua a ser utilizadas pelas altas chefias do estado, dando em seguida o exemplo, de Colin Powell antigo Secretário de Estado Norte-Americano, que terá utilizado uma apresentação deste tipo, quando em Fevereiro se dirigiu as Nações Unidas com o intuito de provar que o Iraque detinha armas de destruição massiva. Thompson, afirma em tom irónico, que as armas de destruição massiva nunca foram encontradas, brincando ao afirmar “ (…) maybe Tufte is onto something”. Acusa por fim estes software de apresentações, de ser uma moderna ferramenta de “obscurantismo” – na qual a manipulação de dados é mais importante que os factos. No final o autor aconselha pessoalmente o leitor, que mesmo quando nada tiver para dizer, na verdade talvez o que necessite seja a ferramenta certa [referência indirecta ao PowerPoint] para o ajudar “(…) not to say it”.
Após a análise dos dois textos, o primeiro da autoria de Edward Tufte e o segundo do autor Clive Thompson, conclui-se que ambos, embora atacando violentamente a utilização do PowerPoint, fazem depender essa mesma utilização do usuário. Assim existem apresentações muito más com resultados catastróficos e outras boas ou muito boas, têm e que ser adaptadas as circunstâncias do meio e do público. Como tal os elementos do grupo decidiriam classificar estes dois autores na corrente interactivista.


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

“What the Web is for” de David Weinberger

David Weinberger autor de várias obras reconhecidas no meio académico, iniciou a sua carreira como professor de filosofia, ocupando posteriormente várias funções, nomeadamente, a de consultor de marketing, consultor político e empresário no ramo do investimento de risco na Internet.

No seu texto, David Weinberger, fala da dicotomia existente entre o mundo real (no qual vivemos) e a web. Para este o mundo real mostra aquilo que o ser humano é, e a forma como este se junta / relaciona entre grupos em sociedade (animal social). Por outro lado, na web defende, o ser humano mostra a forma como escolhe, a forma como se preocupa se relaciona entre si. “The real world map shows what we humans have been given to work with. The Web shows what we have chosen to care about”.

No seu artigo, uma ideia sempre presente “Together” ou juntos quando traduzido, é aplicável segundo este, ao mundo da web, uma vez que esta resulta de um esforço conjunto e constante dos utilizadores, não é algo inato ao homem, mas sim fruto do seu trabalho “it is made out of humans caring about thights together”. Esta necessidade humana de conviver e ser ouvido, obrigou-o ao longo da história a criar os seus próprios instrumentos, que lhe permitisse encurtar distâncias quebrando barreiras e possibilitado portanto a comunicação. Estes meios de comunicação, desde a simples carta, passando pelo telefone no final do século XIX, vieram salvaguardar a necessidade de ser e estar em sociedade. Como David Weinberger afirma, o surgimento da Internet, ela própria um “veículo” de comunicação criou uma ampla gama de novas possibilidades que alteram a forma do homem estar e ser “ (…) be together in new ways”.

A Internet e o novo mundo da web revolucionaram em apenas 50 anos, totalmente a forma do ser humano se dar a conhecer, mostrar e partilhar o seu “eu”, numa hilariante comparação afirma o autor, que caso marcianos visitassem o novo mundo obviamente que nós apenas lhes mostraríamos o melhor que a nossa sociedade tem para oferecer. É exactamente isso que o ser humano fez da Internet; Um espelho de boas vontades humanas, mostrando o nosso melhor “It`s when we are caring for one another that we`re at our best”, só através do processo de observação se pode na realidade vislumbrar.

David Weinberger argumenta repetidamente, que apenas somos humanos porque estamos ligados entre nós “we are humans because we are connected to another humans”, uma vez que dentro de nós, reside ainda, o sentimento íntimo de protecção, algo que apenas um ser humano pode partilhar com outro, já que nada se preocupa “Statues don`t care what happens to them. Robot don`t care. Humans do. We care together”. No mundo real, o homem encontra, por vezes dificuldades em encontrar essa capacidade de conectividade ou busca de protecção, já que o espaço nos afasta. É este problema que a Internet e todas as suas diversas funcionalidades vieram se não resolver, por ventura atenuar, já que até ai o homem estava limitado no seu número de “ligações”, quer através de carta ou telefone, a outros que já conhecia, que lhe eram próximos, que lhe eram íntimos. No mundo real conhecemos pessoas que nos rodeiam, na Internet nós partilhamos interesses “The web make it easy to connect”.

Partilhamos informação, com maior facilidade, com grupos que partilham dos nossos interesses e nos compreendem enquanto ser individual “ (…) we find a web page that talks about how to make jewelry out of sheels”.
Em mote de conclusão o autor alude para a existência de dois mundos, o primeiro o real, no qual nos mantemos afastados pela distância, um segundo a web, no qual nos encontramos e trocamos experiências e conhecimentos. “The real world is about distances keeping people apart. The web is about shared interests bringing people together”. Por ultimo refuta ainda, a ideia de que, se ser humano, é viver em conexão com os outros e “tomar conta” / auxiliar os outros, então a Internet e os seus múltiplos hyperlinks, são criados e transformados pelo interesse e paixão, mutáveis e adaptáveis, para que constituam os locais nos quais somos melhores enquanto homens “ (…) is a place where we can be better at being people”.
Após ter sido analisado na íntegra o texto David Weinberger, eis que se torna necessário enquadra-lo dentro de uma teoria que define a sociedade e a tecnologia. O grupo após discussão concordou que o autor se enquadra dentro da corrente construtivista, ao defender que a tecnologia é uma consequência da sociedade em que vivemos, o que pode ser constatado pelos múltiplos exemplos anteriormente referidos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

The Final Cut

Durante a última aula da Comunicação Digital assistimos ao filme “The Final Cut” de Omar Naïm, sobre o qual nos foi proposta uma reflexão crítica, sobre as suas principais temáticas.
Primeiramente iremos resumir embora de forma bastante sucinta, qual a ideia global do filme. Posteriormente, passaremos ao tratamento das perguntas colocadas em aula.
Este filme gira em torno da ideia de num futuro não muito distante ser possível fazer uma “gestão de memórias”, ou seja, através de um microship implantado no cérebro aquando crianças, passa a ser possível gravar todas as vivências. É possível, após o falecimento do indivíduo, extraírem dispositivos a fim de seleccionar as memórias, reunindo-as num filme, prestando desta forma homenagem ao falecido. A pessoa encarregue da edição do filme tem a capacidade de seleccionar os bons dos maus actos praticados, transformando as suas vidas, em algo de imaculadas. Isto acaba por trazer um grande desconforto e indignação no seio da comunidade/sociedade amplamente dividida sobre, será exequível continuar com a implantação de tal tecnologia.

1 - Reflexão sobre impacto de tecnologias individuais a nível social.

Cada vez mais se assiste a uma maior individualização da sociedade, embora se defenda que todos vivemos num “Aldeia Global” e que partilhamos uma cultura muito semelhante. Como exemplos de tecnologias individuais, temos o telemóvel, o Personal Computer, e mais recentemente a Internet ou os leitores de MP3. Todos estes dispositivos permitem ao utilizador, uma cada vez maior interactividade permitindo no final, criar um produto que embora igual aos demais produzidos em série, está na verdade totalmente configurado segundo as preferências dos seus utilizadores que os “moldam” e individualizam para que se tornem quase como uma extensão do seu próprio corpo, e como tal, extremamente pessoal e intransmissível. Reflectindo um pouco, através de um telemóvel computador ou leitor de música, conseguimos saber mais sobre os gostos e preferências de determinada pessoa, do que se a abordando e questionando.


2 - Evolução dos conceitos de memória e privacidade.

Se observarmos o nosso quotidiano, verificamos que a nossa memória é manipulada e construída pelos editores dos “media”. Tomemos como exemplo, o caso do falecimento da Princesa Diana. Todos temos uma memória bastante nítida da falecida princesa, embora nunca tenhamos privado pessoalmente com. Como tal, podemos concluir que todas as nossas memórias resultam, pelo menos em parte, de uma pré-selecção feita por alguém que presumivelmente conhece os nossos gostos e que sabe de certo modo, aquilo que queremos saber, ver e ouvir.

Se analisarmos o filme visionado, o editor responsável pela montagem do filme do/a falecido/a, tem acesso ilimitado a todas as memórias vividas pelo indivíduo, acabando por ser o único a conhece-lo plenamente, e tendo o poder de manipular as imagens que serão colocadas no filme final “re-memória”. Para alguns, isso é considerado uma extrema violação da privacidade do ser humano, “Sob a censura da tecla ‘delete’, a vida de cada um transforma-se numa versão politicamente correcta”, e não numa amostragem do real. Na verdade diariamente o nosso direito à privacidade, é colocado no limite, em troca de um segurança invisível, na rua, no metro, no autocarro, em qualquer lugar existe uma câmara a filmarmo-nos a “olhar” a “controlar” os nossos movimentos, a única diferença em relação ao filme, é que essas imagens ainda não são compiladas, pois se fosse feito muitas das nossas actividades diárias estariam lá presentes. Para alguns esta é uma visão assustadora a de um “Big Brother”, como o descrito no livro "1884" de George Orwell, em uma constante vigilância 24 sobre 24 horas, 365 dias ao ano. No entanto comportamo-nos como se nada fosse, as câmaras passam tão despercebidas, como, no fundo os implantes colocados no cérebro, ambos desempenham um papel idêntico, embora por razões ambíguas. Em Londres, por exemplo, são os computadores que através dos seus softwares e auxiliados pelo “olhar” de milhares de câmaras, vigiam e comparam milhares de caras por segundo identificando, no meio da multidão anónima, um terrorista um, que se destaca. Embora ajuda imprescindível as forças da lei também estas são falíveis e como o homem também a sua memória “visual” pode falhar.


3 -Questões de adopção vs rejeição de novas tecnologias e de inclusão vs exclusão.

Desde sempre as “novas tecnologias” foram encaradas com desconfiança, principalmente pelas gerações mais velhas e tradicionais, sentindo-se ameaças e até feridas por estas. As ideias de Adopção/rejeição, inclusão/ exclusão, têm sido amplamente debatidas em praça pública, por conhecidos psicólogos e sociólogos, que apresentam as mais curiosas e talvez hilariantes formas de lidar-mos com as “novas tecnologias”, como se de “monstros” que ameaçam a integridade do lar, se tratassem.
Somos, da opinião que a tecnologia por si, nada tem de bom ou mesmo de mau, é a mente humana e a suas infinitas ideias sobres como tirar o pleno proveito destas, pode por ventura constituir um risco.


Existem algumas faixas etárias, nomeadamente os adolescentes, período de extrema importância para a formação do jovem enquanto indivíduo responsável, que estas tecnologias podem influenciar a sua maneira de ser ou agir. Socialmente cada indivíduo, tende a juntar-se a um grupo/ comunidade, para que seja aceite é necessário corresponder e respeitar determinados padrões standard, muitos desses padrões passam na actualidade pela valorização do material e não infelizmente dos valores de cada um. Assim na sociedade actual, um indivíduo, que por exemplo não tenha telemóvel está como que “automaticamente” excluído da sociedade, tratado com um outsider, um estranho, rejeito, não por aquilo que é mas por aquilo que não quer ou não pode ter.
Em relação, à forma como reagimos perante as “novas tecnologias”, cada um reage com um estímulo próprio e muito individual, o que o leva, inicialmente a adoptar ou rejeitar determinada tecnologia, mas é na verdade a sociedade, que toma esse tipo de decisões por ele. Tomando novamente como exemplo o telemóvel, o nosso mundo não “acaba” sem essa tecnologia bastante recente, mas pensar em rejeita-lo por completo é algo de extrema violência para a maioria das pessoas como demonstra por exemplo um estudo já citado em aula. É criada em relação a uma tecnologia uma relação de dependência adoptamos, quase como um “amigo”, mais uma vez foi anteriormente inflacionados pela sociedade, porque se pensarmos, à trinta anos atrás, não existiam telefones móveis, mas a sociedade vivia em plena tranquilidade e harmonia. Em conclusão apesar das imensas discussões sobre a melhor forma de abordar as “novas tecnologias” ora rejeitando-as ora adoptando-as, não existe de facto uma “fórmula”, uma verdade absoluta, cabe ao fim ao cabo ao indivíduo aferir tal questão. Para muitos os recentes fenómenos de adolescentes em fúria, que invadem as suas escolas de pistolas em punho e assassinado todos os que se atravessam a sua frente, constitui uma consequência directa das tecnologias, e do chamado “isolamento acompanhado”. Mas mais uma vez não existem certezas, o mais recente caso na Finlândia, no qual um jovem entrou armado e feriu mortalmente vários colegas e professoras, é disso exemplo, este era um jovem igual a tantos outros, com amigos e um ambiente familiar estável, qual a razão do seu ódio e idolatrar de figuras como Hitler ou Estaline? Terão as tecnologias tido um papel, embora indirecto nos seus actos, ou terá reagido por simples impulso, ninguém, ninguém talvez nunca o irá saber.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Leila Navarro - O Furação Brasileiro arrasa Católica

No passado dia 24 de Outubro, realizou-se na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, uma conferência subordinada ao tema “Empreendedorismo e Emprego”, apresentado pela sempre animada e imprevisível Leila Navarro. Num estilo descontraído esta “palestrante” definiu os objectivos e alternativas para a uma melhor vivência profissional e quotidiana.


Através de jogos e exemplos da sua própria vida, Leila, alertou a plateia para algumas temáticas sobre as quais, normalmente não reflectimos. De forma efusiva Leila, definiu a forma como na actual sociedade, o profissional ou futuro profissional se deve comportar. Na sua visão, quem age igual a todos os outros está condenado ao fracasso, devemos arriscar e não ter medo de falhar, pois contrariamente ao “errar é humano”, na sua óptica o indivíduo deve acreditar na máxima “acertar é humano”.


Outro ponto focado foi que não temos que ser ricos, materialmente, mas em sonhos. Devemos estar munidos de ter coragem, ambição e objectivos de vida para alcançarmos o sucesso. O presente deve ser a nossa prioridade, mas nunca esquecendo as consequências que poderá ter num futuro próximo, pois se assim não o for, não seremos mais que autómatos, iguais entre os outros e pobres de espirito.


A crise deve criar/propiciar uma oportunidade, não cabe ao ser humano ficar fechado sobre si próprio deve ter vontade de mudar, nas suas palavras “(...)querer é fazer”. Não devemos tentar encontrar desculpas para nos acalmar o ego, devemos ocupar o tempo, preenchendo as lacunas da nossa vida pois o problema de ser ou não feliz reside nas atitudes. “A vida é um mar de oportunidades”, temos que as “agarrar”, “navegar” e aceitar os correr riscos, caso contrário, a nossa vida não será mais que um livro em branco.


Globalmente, foi um final de tarde bem passado na companhia de Leila Navarro que deixou uma plateia boquiaberta com a sua performance bastante “explosiva” e até tocante. É de salientar ainda a forma interactiva como lidou com a plateia, utilizando jogos e anedotas que deixaram o público a reflectir na importância de agir em comunidade, no sentimento de entre ajuda. As palavras de ordem são: Auto-estima, Auto-confiança, Auto- conhecimento!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O maior evento multimédia de sempre

Iniciativa Numa era em que os direitos dos cidadãos são cada vez mais postos em causa pelas medidas de segurança decorrentes da ameaça terrorista, numa altura em que o desencanto com os políticos faz alastrar o desinteresse pela cidadania, quando os movimentos totalitários vão conquistando simpatias em actos eleitorais democráticos, impõem-se o debate. A democracia está longe de ser um dado adquirido. Bem pelo contrário, é algo que se constrói diariamente.

Por isso mesmo os jornais METRO de todo o mundo aderiram à iniciativa “why democracy?” , no que constituí o maior evento multimédia de sempre sobre um tema da actualidade. Na televisão, na rádio, on-line e em todos os MEMBRO – que se publicam em 100 das principais cidades de 21 países da Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia – esta discussão à escala global alcança mais de 300 milhões de pessoas, em cerca de duas centenas de países.
Promovido pela estação Britânica BBC o “why democracy?” tem como ponto de partida a exibição de dez documentários realizados por cineastas de todo o mundo, os quais abordam temas que vão desde os métodos de tortura dos Estados Unidos até à eleição de um monitor de turma numa escola primária da China, passando pelos casos dos “cartoons” dinamarqueses que provocaram a ira da comunidade muçulmana.

Além destes filmes, que a BBC começou já a transmitir, a iniciativa passa igualmente pela criação de outros pequenos 20 filmes, subordinado ao tema “ O que é que a democracia significa para mim?”, cuja exibição será predominantemente feita on-line. Ao mesmo tempo, mais de 40 cadeias de televisão em todo o mundo estão a promover o debate, numa estreita ligação com a iniciativa global. A discussão está também a decorrer on-line, quer no site
http://www.whydemocracy.net/., quer no conhecido Myspace.com, onde alguns destes pequenos filmes foram estreados.

O METRO associa-se ao evento como jornal oficial, publicado, ao longo dos próximas semanas, o testemunho de pessoas conhecidas, políticos ou não, sobre a democracia. Ao todo são dez perguntas, iguais em todas as edições do METRO de todo o mundo. Evo Morales e Pelé encontram-se entre os que já responderam a este desafio.

BBC
METRO
Segunda-Feira 22 de Outubro de 207

domingo, 21 de outubro de 2007

A Nossa Comunidade - Alerta Ambiental


Queremos aproveitar o blog para publicitar a nossa comunidade que se intitula “Alerta Ambiental” (link: http://www.communityzero.com/alertaambiental). Esta comunidade teve a sua génese nas aulas de Comunicação Digital, do curso de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa.Passaremos então a explicar em que consiste a nossa comunidade. O título foi escolhido com base nos interesses dos membros do grupo, ambos gostamos de assuntos relacionados com o ambiente. Temos por hábito ler a revista “National Geographic” que aborda com frequência temáticas de cariz ambiental que de certo modo nos têm alertado e aguçado a nossa curiosidade.

O que se pode encontrar na nossa Comunidade?

Neste momento a nossa comunidade conta com 48 membros, e com a participação activa de alguns. A comunidade é formada por áreas distintas: Ideias Verdes, Fórum, Galeria de fotos, Ficheiros de Interesse e Links. Em Ideias Verdes pode-se encontrar notícias da actualidade que abordam questões ambientais, curiosidades relacionadas com a temática, desastres naturais e ainda artigos sobre habitats em risco; no Fórum os membros podem activamente debater questões colocadas por nós – fundadores da comunidade – ou podem ainda debater os artigos colocados em Ideias Verdes, na Galeria de Fotos podem ser visionadas variadas fotos que abordam os vários tipos de poluição, tipos de automóveis amigos do ambiente, e exemplos de desastres ambientais, os membros podem também comentar as fotos; optámos por colocar mais duas divisões – Ficheiros de Interesse e Links – para que os membros tenham acesso a material extra relacionado com a temática ambiental, quer no que toca a filmes, livros, sites na Internet ou até mesmo documentos criados por outros membros.

FeedBack da Comunidade

Esperamos que esta comunidade tenha acrescentado algo, nem que seja apenas no campo da consciencialização. Da nossa parte, achamos que existiu um grande esforço para que os objectivos fossem devidamente atingidos. Temos explorado todas as ferramentas possíveis para que a comunidade funcione a 100%. No que toca à interactividade entre os membros da comunidade, julgamos que está a funcionar na perfeição. Contudo, temos perfeita noção que os membros (os 48) poderiam interagir mais, mas a vida ocupada de cada um condiciona ligeiramente a disponibilidade para tal. Muitos dos membros desconheciam como funcionava uma comunidade, por isso, tivemos de despender algum tempo sugerindo a melhor forma destes participarem.

Blog Vs Comunidade

Ao analisarmos comparativamente a comunidade e o blog, concluímos que existem algumas diferenças, mas também algumas semelhanças. No que toca às semelhanças, concluímos que em ambos os suportes digitais podemos criar links de interesse, e um sistema de votações (que não utilizámos no blog por não acharmos necessário), também é possível haver interactividade entre membros ou outsiders, embora no caso do blog seja a comentar os posts e o caso da comunidade seja a participar no fórum ou a comentar imagens. Por seu turno, encontrámos diversas diferenças, tais como: na comunidade podemos agrupar a informação por categorias, dispomos de um fórum onde os membros discutem activamente ideias, a própria disposição gráfica dos suportes é bastante diferenciada, dispomos ainda de uma galeria de fotos e de um chat (que funciona em tempo real), o que não se verifica no blog. Concluímos então que o blog é utilizado maioritariamente como uma ferramenta de trabalho.

Conclusão

Globalmente, tem estado a ser uma experiência gratificante e bastante inovadora, embora haja sempre pontos de divergências em termos opinativos entre os membros do grupo. Aconselhamos vivamente a experiência de criar uma comunidade, ainda que seja por poucos dias! Embora, nos tenhamos deparado com algumas dificuldades na construção da comunidade. Foram despendidas várias horas para que conseguíssemos explorar na totalidade todas as funcionalidades e ferramentas disponíveis. No nosso caso gostaríamos que a comunidade continuasse, mas não existem verbas para tal. Utopicamente falando, para a manutenção desta comunidade manteríamos o mesmo registo e as mesmas convicções. Contudo, necessitaríamos de uma maior disponibilidade de tempo e de recursos, quer de software, quer económicos para prosseguir com a comunidade. Talvez pudéssemos fazer uma maior publicidade, apelando à participação e maior mobilização dos membros afim de melhorar a interactividade, quer quantitativamente, quer qualitativamente.